O verdadeiro eu
Como saber se você está no seu caminho de verdade?
O seu.
Aquele que sua alma marcou lá em cima, antes de mergulhar nesse corpo que, fala a verdade, nem envelheceu tão mal assim.
A resposta?
Ela cabe em uma palavra: alegria.
Sim, alegria.
Não aquela alegria calma e zen tipo monge, não.
Eu falo daquela que faz seu estômago vibrar, que dá vontade de dançar na cozinha às 7 da manhã, que te faz esquecer a hora, a fome e até seu ex.
O que te apaixona.
O que te empolga.
O que faz seus olhos brilharem, ativa todos os sentidos e te faz sentir vivo.
É esse o seu caminho.
É aí que sua alma te espera.
E às vezes, são até os projetos mais loucos que te trazem de volta pra ele.
Eu falo isso direto, porque já vivi umas vinte vezes: o Céu gosta dos audaciosos.
Quando você se solta, quando cria sem se preocupar com o “o que vão dizer”, é como se o próprio universo abrisse as cortinas e colocasse uma autoestrada cósmica na sua frente.
Sinal verde.
Tudo passa.
Tudo flui.
Tudo se alinha.
Quer um sinal?
Tá aqui.
Quando é leve, quando borbulha, quando te dá tesão: você está no lugar certo.
Ponto.
SIMPLES, FLUIDO, FÁCIL.
Esses são os sinais de que você pode ir com tudo, que está no seu caminho.
E aquela frase famosa: “Retomar sua alma de criança”…
Todo mundo já ouviu, né.
Mas e se fosse isso mesmo a sabedoria suprema?
Voltar pra essa versão de você que não tem medo, que ousa, que ri sem se perguntar se é “adequado”…
Essa versão sua pura, viva, indomada.
Talvez envelhecer, no fundo, não seja ficar razoável.
Seja voltar a ser mágico.
Agir com integridade
Agir com a maior alegria que a gente consegue colocar no que faz.
E acima de tudo, não esperar absolutamente nada, nenhum retorno do que faz.
Essa é a chave.
Retomar sua juventude
E se o objetivo máximo da maturidade… fosse retomar nossa juventude?
Não aquela dos músculos firmes e da pele lisa, mas a da criança livre, curiosa, alegre, totalmente aberta pra vida.
Venderam pra gente a ideia de que era preciso “envelhecer com alguém”, como se isso fosse um objetivo em si.
Na real, essa imagem de dois velhinhos num banco de praça de mãos dadas esperando o fim vem é do medo.
Medo de terminar sozinho.
Medo da cadeira vazia.
Medo de uma morte fria e silenciosa.
Essa crença é um produto do Sistema, que condiciona a gente a ver a velhice como um declínio a ser administrado em vez de uma alegria a ser cultivada.
Mas se a gente retoma essa alegria, aquela que brota quando os sentidos se abrem de novo, quando a gente saboreia a vida sem se segurar, então o fim de vida vira outra coisa.
Vira um espaço onde dá pra viver mais, criar mais, rir mais… amar mais.
Muitas vezes, a gente imagina nossa velhice com um corpo gasto, sofrendo, esperando a foice.
E é verdade que muita gente termina assim: esmagada pelo peso dos medos, dos desejos nunca saciados, dos sonhos não realizados e de uma vida formatada pelas expectativas dos outros.
Eu proponho outra coisa.
Um fim de vida luminoso, com o Universo circulando sempre dentro da gente, continuando a trazer vontades, projetos, encontros, pessoas brilhantes no nosso caminho.
E que nossa companheira ou companheiro esteja na mesma energia.
O objetivo do fim de vida?
Caminhar juntos pra luz final com a maior leveza possível.
Sem peso, sem arrependimentos… e com o mesmo brilho no olhar que a gente tinha criança, mas melhor: enriquecido por toda uma vida de experiências.
Se livrar das emoções que a gente acha “boas”
A gente às vezes acha que tá brilhando.
Sucesso, reconhecimento, grana, fama...
Isso dá um gás no ego, enche o peito, a gente se sente no topo.
Mas cuidado: essas emoções, que parecem positivas, podem ser armadilhas bem perigosas.
Elas alimentam o orgulho, massageiam um ego carente de amor e mantêm a necessidade de aparecer.
E aí, já não é mais sucesso... é ilusão.
É assim que gente talentosa acaba virando guru megalomaníaco, ditador disfarçado de salvador.
A luz que eles projetam acaba cegando em vez de iluminar.
Do outro lado, cair no fracasso, virar anônimo, ser esmagado pela vida, também não é melhor.
É outra armadilha, só que do lado escuro: a gente se deixa sugar pela derrota e acaba acreditando que é o nosso lugar.
A verdade?
Nem um, nem outro é “saudável” de verdade.
A liberdade real é saber disso.
É ficar de pé no meio, consciente, sem se deixar levar nem pela ilusão do sucesso, nem pelo buraco do fracasso.
Ser livre é brilhar de verdade... não pra tapar um vazio.
Sonhar a vida e viver os sonhos
Todo mundo já ouviu mil vezes essa frase meio batida: “É preciso viver os sonhos.”
Mas sejamos sinceros... quantos realmente fazem isso?
Quantos têm coragem de parar, respirar, fechar os olhos e se perguntar:
“E eu, qual é a vida dos meus sonhos de verdade?”
Não aquela que você acha que deve viver.
Nem a que a sociedade ou seus pais quiseram pra você.
A sua.
Sua versão livre, doida, inspirada.
Porque no fundo, sonhar não é fugir da realidade.
É inventar ela antes de existir.
É plantar sementes no invisível e confiar nelas.
É criar um plano vibracional que, mais cedo ou mais tarde, vai virar realidade... se você deixar acontecer.
E cuidado: tem diferença entre sonhar a vida deitado no sofá vendo Netflix e viver os sonhos de verdade.
A verdadeira mágica é transformar um sonho em plano de ação.
Em pequenas decisões alinhadas.
Em riscos assumidos.
Em saltos de fé.
Em risadas.
Em suor.
Em dúvidas, às vezes.
Mas, acima de tudo: em alegria de seguir em frente.
Quando comecei a viver meus sonhos — os de verdade, não os bonitinhos de PowerPoint — entendi uma coisa:
O universo te ajuda quando você se mexe.
Ele adora te surpreender.
Mas, mais que tudo... ele espera que você ande, que dê o primeiro passo!
Sonhar sua vida é desenhar a visão.
Viver seus sonhos é caminhar em direção a ela.
Mesmo descalço.
Mesmo no escuro.
Mesmo com um friozinho na barriga.
E você só pode contar com você mesmo!

A vida é um movimento constante, uma sequência de ciclos que convidam a recomeçar, transformar e criar de novo.
Que estas palavras possam te lembrar que cada um carrega dentro de si a força de seguir, se reinventar e encontrar sua própria luz.
Então, isso aqui não é uma conclusão, é um começo.
Um convite pra continuar, pra escrever o próximo capítulo — não só nas páginas, mas na sua própria realidade.
Viver leve, reencontrar nossa criança interior
E se envelhecer não fosse o peso dos anos,
mas sim se libertar de tudo o que a gente carrega há tempo demais?
Voltar a ser criança não é regredir.
É o verdadeiro objetivo da maturidade: ter dado a volta completa, ter entendido a própria encarnação, digerido os erros, as quedas, os condicionamentos, e finalmente se livrar da necessidade de agradar, de vencer, de provar algo.
A gente percebe então que o propósito da Vida não é ser um bom soldado, um escravo eficiente ou um robô disciplinado.
Nada disso.
O propósito é ser livre.
Feliz.
Criativo.
Vivo.
Aí a gente volta a rir.
Volta a sonhar.
O ar fica leve.
A gente se surpreende, se diverte, sorri na rua sem motivo.
Como uma criança.
E começa a não ligar mais pro que os outros pensam.
Mas cuidado, a gente não volta a ser ingênuo.
A gente vira uma criança... que entendeu tudo.

Meu corpo magro, comprido, quase frágil...
Eu só queria ser forte e ser respeitado.
Mas eu era um sonhador num corpo de dançarino, e ainda não sabia disso.
Levou tempo pra eu me amar do jeito que eu era.
Vinte anos.
E é isso que é voltar a ser criança: se amar sem filtro, sem condição, na alegria de simplesmente ser.
Então, por que não voltar a sonhar?
Sonhar sua vida.
E viver seus sonhos.
Porque no fundo, os “grandes” que realmente brilham são quase sempre aqueles que souberam continuar sendo crianças.

Penso em todas as diferentes versões de mim, com seus desejos, sonhos e alegrias próprias.
Com o passar dos anos, precisei voltar pra ver cada uma delas: às vezes pra consolar, às vezes pra orientar, e às vezes só pra ouvir. E pouco a pouco, desses pedacinhos espalhados nasceu um todo: uma coerência, uma unidade.
Hoje, minha criança interior não é mais uma ferida pra curar, mas uma presença que me guia.
Eu me sinto conectada à versão de mim que ela sonhava se tornar nas suas fantasias mais malucas.
Isso... isso é um dos meus maiores orgulhos: ter conseguido honrar os sonhos dela, provar pra ela que a vida que imaginava não era uma utopia, mas um caminho possível.
SIM-PLI-CI-DA-DE
Outra palavra-chave
Seja e continue simples!
A verdadeira felicidade está ligada à simplicidade.
Gente simples te deixa à vontade.
Um luxo que qualquer um pode ter.
Menos coisas, mais espaço.
Um projeto simples começa mais rápido.
A simplicidade não tem nada a esconder, então você fica leve.
Ser simples não é ser comum, é ser verdadeiro.
Parar de se impedir de brilhar
É um clássico.
E tão verdadeiro.
Nelson Mandela disse ao sair da prisão:
“Você não deve se impedir de brilhar por medo de ofuscar os outros.”
Por muito tempo, achei que tinha que me fazer pequeno, modesto, discreto.
Não brilhar demais, não chamar atenção, pra não incomodar ninguém.
Tipo meus pais, sabe...
Mas de tanto abaixar a cabeça, a gente acaba esquecendo que tem uma luz.
E que ela tá aí pra iluminar o nosso próprio caminho.
Sim, às vezes, quando você brilha demais, isso pode incomodar.
Como aquelas árvores gigantes na África, majestosas, com troncos largos e imponentes.
Nada cresce embaixo delas.
A sombra delas impede as outras plantas de pegar sol.
Mas é culpa da árvore, ou de quem se planta muito perto do tronco?
Brilhe.
Por você.
Não pra agradar, nem pra dominar.
Brilhe porque é natural, porque é a sua energia.
Brilhe com leveza, com verdade, com humildade.
Sem tentar deslumbrar, só pra irradiar o que você é.
Porque, no fim das contas...
o mundo precisa é de luz.
Não de gente que se esconde dela.

Até os quarenta, eu tinha medo de me separar do grupo, de me perder ao sair do que conhecia.
Ficar “como todo mundo” parecia mais seguro do que ser totalmente eu.
Ser diferente isolava.
Quando você pensa ou age diferente, alguns te rejeitam sem nem perceber.
Isso doía.
Eu sinto muito: as pessoas, os lugares, as energias invisíveis.
Entrar num restaurante, às vezes, era demais.
Tanta gente...
Tanta energia pra absorver, pra aguentar...
Aí comecei a evitar, a sair menos.
A natureza, essa sim, não finge: acolhe sem máscara e nunca decepciona.
Com o tempo, uma distância foi crescendo — dos outros e de mim mesmo.
E essa distância só existia porque eu me negava a brilhar, com medo do olhar dos outros, medo de estar bem nesse estado.
No dia em que aceitei minha sensibilidade e minha diferença, algo relaxou.
Parei de lutar contra quem eu sou.
E, aos poucos, tudo ficou mais simples: posso ser eu, sem pedir desculpa, e deixar minha luz fazer o que tem que fazer.
Se proteger das energias negativas e do baixo astral
No mundo espiritual, existem muitos relatos sobre a existência de planos mais sutis do que a nossa realidade física.
Entre eles, o que chamamos de baixo astral: dimensões mais densas onde atuam formas de energia ou entidades que se alimentam das emoções baixas — medo, raiva, inveja, rancor, impulsos desequilibrados...
O testemunho de Marc Auburn
Sobre isso, vale mencionar o trabalho de Marc Auburn (procure no YouTube ou TikTok), uma referência pra quem se interessa por viagens astrais.
Desde criança, ele vive experiências de saída do corpo e já explorou muitas vezes essas outras dimensões.
No canal dele, Voyageur de l’astral, ele compartilha o que viu e explica com clareza o que conseguiu entender.
Segundo seus relatos, algumas entidades do baixo astral se alimentam das nossas energias negativas. Quando uma pessoa manipula, age de forma tóxica ou guarda rancor, ela produz uma energia que essas entidades procuram. E, segundo ele, elas podem até influenciar sutilmente as pessoas a repetir esses comportamentos, pra continuarem se alimentando dessa vibração.
Essa ideia se conecta a tradições antigas: os essênios, por exemplo, falavam das formas-pensamento, verdadeiros parasitas energéticos que grudam nos nossos corpos sutis e influenciam nossas emoções e comportamentos sem a gente perceber.
Um método simples de proteção
Felizmente, existem formas bem acessíveis de se proteger dessas influências.
Uma prática simples é visualizar uma bolha de luz ao seu redor. Imagine uma esfera protetora, tipo uma cúpula de cristal (ou até uma tampa de queijo), envolvendo seu corpo e impedindo qualquer energia indesejada de entrar.
Visualize essa bolha do jeito que quiser: transparente, dourada, branca, brilhante, cintilante...
Do tamanho que quiser.
3 metros ao seu redor, 5 metros, tanto faz... é você quem decide.
Sinta que ela funciona como uma barreira intransponível.
Tudo o que tenta entrar simplesmente rebate.
Nenhuma energia negativa consegue atravessar.
É um verdadeiro escudo energético protetor, igual àqueles campos de força que aparecem nos filmes de ficção científica.
Quanto mais você pratica, mais forte esse escudo fica.
No restaurante, no carro, na soneca, no trabalho...
Sempre a bolha ao seu redor.
E quanto mais protegido(a) você vai estar.
Retomar seu poder interior
Se proteger não é só se afastar das energias negativas, é também retomar o controle do seu espaço interior.
É escolher conscientemente quais energias você deixa entrar no seu campo de consciência e quais influências decide afastar.
A chave é simples: vigilância, clareza e confiança no seu próprio poder de criação.
Usar cores
Eu nunca vou cansar de repetir: as cores são vibrações.
Literalmente.
Cada cor tem um comprimento de onda específico, e é essa onda que influencia nossa energia, nosso humor e até nossas interações com os outros.
A colorimetria, ciência que estuda a percepção e a medição das cores, mostra que nossos olhos captam essas ondas de luz e as transformam em sinais nervosos.
Esses sinais influenciam diretamente o sistema límbico, o centro das nossas emoções no cérebro.
Não é por acaso que algumas cores acalmam, outras animam e outras dão energia.
Na cromoterapia, uma abordagem holística derivada da naturopatia, essas propriedades vibracionais são usadas pra reequilibrar corpo e mente:
- Verde: cor do equilíbrio e da harmonia. É usada pra acalmar as emoções e reduzir o estresse. Usar verde traz uma sensação de paz ao seu redor.
- Vermelho: poderoso ativador de energia. Estimula a circulação, desperta a motivação e traz confiança. Uma roupa vermelha intensifica todo o seu campo magnético.
- Amarelo: estimula a mente, favorece a clareza e a comunicação. Chama atenção, desperta curiosidade e te deixa mais radiante.
- Rosa: amor e doçura. Fortalece a autoestima, abre pro carinho e ajuda a curar feridas emocionais.
- Azul: símbolo da verdade e da calma interior. Diminui o ritmo cardíaco, regula a pressão, acalma os medos e favorece a comunicação sincera.
- Branco: pureza e clareza mental. Cor dos recomeços e da paz interior.
- Roxo: enraizamento e autoridade. Fortalece a estrutura, a vontade e a presença.
Todo dia, quando você abre o seu guarda-roupa, é um diálogo silencioso com você mesmo.
Você não escolhe só um estilo, escolhe também uma frequência vibracional.
Se sente poderoso?
Vai acabar escolhendo tons fortes.
Tá cansado?
As cores suaves vão te chamar.
Em plena negociação?
O azul-escuro, símbolo de confiança e comunicação, vai ser seu aliado.
E se você começasse a ouvir as mensagens das cores tanto quanto ouve a sua intuição?
Aí você vai perceber que suas roupas deixam de ser só tecidos e passam a ser verdadeiras extensões energéticas do seu estado interior.
✦ O VERMELHO
- Emoção
- Energia, paixão
- Efeitos
- Estimula o coração, a circulação e a vitalidade
- Usar quando
- Dia de desafio, liderança
✦ O AMARELO
- Emoção
- Alegria, clareza mental
- Efeitos
- Desperta o intelecto, chama atenção
- Usar quando
- Comunicação, palestras, conversas importantes
✦ O VERDE
- Emoção
- Equilíbrio, calma
- Efeitos
- Harmoniza as emoções e traz serenidade
- Usar quando
- Estresse, necessidade de se recentrar
✦ O AZUL
- Emoção
- Confiança, serenidade
- Efeitos
- Diminui o ritmo cardíaco, favorece a escuta e a empatia
- Usar quando
- Reuniões importantes, negociações
✦ O ROXO
- Emoção
- Intuição, transformação
- Efeitos
- Abre para a espiritualidade e a introspecção
- Usar quando
- Momentos de pausa, criação profunda
✦ O BRANCO
- Emoção
- Clareza, paz interior
- Efeitos
- Limpa as cargas mentais, traz neutralidade
- Usar quando
- Novos começos, entrevistas, renovações
✦ O PRETO
- Emoção
- Proteção, mistério
- Efeitos
- Reforça a autoridade e estrutura o pensamento
- Usar quando
- Momentos solenes, afirmação pessoal
✦ O ROSA
- Emoção
- Doçura, amor-próprio
- Efeitos
- Ativa a abertura do coração
- Usar quando
- Necessidade de carinho, momentos ternos

Pessoalmente, me entristece ver que, com o passar dos anos, as ruas, os escritórios, os metrôs e até as praias do mundo viraram quadros sem cor.
Preto, cinza, azul-marinho, verde-escuro, às vezes marrom.
A indústria da moda — principalmente masculina — parece ter se alinhado a essa demanda, criando coleções em tons que até o clima teria vergonha de usar.
Mas será que é mesmo uma demanda?
Ou só o reflexo de uma sociedade que perdeu a vontade de brilhar?
Um mundo onde o sonho apaga devagar, onde a esperança virou luxo, e onde a gente não ousa mais usar cor por medo de ser notado.
Porque cor é vida.
É nossa assinatura emocional.
Já viu uma criança escolher um casaco preto? Não.
Coloque cinquenta crianças numa loja e você verá um arco-íris se mexendo.
Rosa-choque, amarelo-sol, verde-maçã.
Porque a infância é instintiva, ligada à alegria, à vontade de viver e de existir.
Preto é pra adultos.
Aqueles que querem se apagar, se misturar, se encaixar.
Andar na sombra.
Preto é, às vezes, desistência.
Resignação.
Aquela ordem silenciosa de não incomodar.
Não é à toa que a gente diz em medicina: “voltou a ter cor” quando alguém se recupera.
A cor é um sinal vital, uma linguagem silenciosa que diz: “Eu tô aqui. Ainda vibro.”
Faça um teste simples:
Da próxima vez que pegar um avião, observe.
As salas de embarque estão cheias de cinza-escuro, preto, marinho.
O medo do desconhecido, a tensão da partida, o anonimato confortável da uniformidade.
Nas cidades chuvosas, de manhã, as pessoas se vestem pra sumir na sombra.
Eu, que moro nas praias mais lindas do mundo, vejo jovens de trinta anos andando todos de preto, sobre areias douradas...
Uns parecem coveiros, outros viúvas.
E à noite, é ainda mais forte.
Como se a própria luz queimasse a pele deles.
Triste.
Mas nada tá perdido.
Basta ousar.
Um moletom amarelo.
Um tênis vermelho.
Uma bolsa turquesa.
Não importa.
Um gesto de rebeldia luminosa.
Um ato de vida contra a mesmice cinzenta.
Suas intenções moldam seu futuro
É simples assim: tudo o que você pensa, você projeta.
No éter, no astral, nos campos quânticos, no invisível, na luz... chame do jeito que quiser.
Cada pensamento, cada emoção, é uma onda.
E essa onda vai trabalhar pra você.
Como um pequeno operário do universo que pega suas ideias, seus medos, seus desejos e joga lá no grande ateliê cósmico dizendo:
“Tá aqui o seu próximo projeto!”
Então, se você sente medo, adivinha?
Esse medo vai começar a trabalhar.
Vai tentar se manifestar.
Se você vibra alegria, prazer, amor... é isso que você vai atrair.
É isso que vai voltar pra você.
O bumerangue cósmico não tem emoções.
Ele só devolve o que você manda.
Então, coloque intenções claras.
Pense com consciência.
Sinta como se o que você quer viver já estivesse acontecendo.
E lembre-se:
O Universo não entende “não quero”. Ele só capta a energia que você emite.
Se você vibra medo, ele entende: medo.
Se você vibra amor, ele entende: amor.
E, como sempre, ele vai responder na mesma sintonia.
OUSAR FAZER
Dar o primeiro passo...
Sair da espera.
A ação quebra a procrastinação.
O Universo ama o movimento.
Ele abre as portas pra quem se mexe.
Quem ousa, vive.
Quem espera, se desgasta.
Agir apesar do medo.
É isso que é coragem de verdade.
Seus ideais e suas ações.
Sem coerência, são só belas palavras.
A coerência acalma.
Ela elimina a dúvida.
Um passo hoje vale mais do que um sonho amanhã.
Ouvir seu corpo
A gente já falou disso, mas no fim das contas, viver feliz é também viver em escuta de si mesmo.
E quem melhor do que o seu próprio corpo pode te dizer do que você realmente precisa?
Não é o seu relógio.
Nem a sua agenda.
Nem seu coach.
Nem o aplicativo de saúde.
Só... o seu corpo.
Com fome? Coma.
Sem fome? Não coma.
Cansado? Tire um cochilo ou desacelere.
Com vontade de se mexer? Saia, ande, dance, sue!
E principalmente, não deixe mais sua mente mandar num programa militar.
A gente não é máquina.
A gente é fluxo, onda, respiração.
Aprenda a dizer “sim” pro seu corpo e “cala a boca” pra sua mente quando ela vier com aquela lógica rígida tipo:
“São 12h30, TEM que comer.”
Ou
“Tem que dormir às 23h, não às 20h!”
A liberdade começa aí:
fazer o que você quer, quando sentir, porque sentiu.
É isso que é a verdadeira escuta.
E aí, tudo muda.

Como eu disse lá no começo dos meus depoimentos, a crítica é muitas vezes o sinal mais bonito de que estamos sendo autênticos.
Quando você vai dormir à noite, em quem ou no que pensa?
Em você mesmo, né?
E bem, com os outros é igualzinho.
Você é o centro da SUA vida; pare de achar que é indispensável na dos outros, e que o julgamento deles pesa mais que o seu.
A real é que eles pensam neles mesmos, assim como você.
Quando alguém pensa em você, normalmente é por alguns minutos do dia.
Então, quando tiver medo de fazer algo por receio de ser julgado, pergunte a si mesmo: quem são, de verdade, esses juízes na sua cabeça?
Agora que você sabe, quer mesmo deixar esse poder nas mãos deles?
Espero que não.
Recupere sua força, dê um passo à frente e se liberte.

Meditava por horas, era vegetariana, fazia retiros espirituais, e até pratiquei abstinência por alguns anos.
Meu objetivo?
Me elevar, flutuar quase, alcançar um estado de consciência etéreo.
Só que um dia... bati de frente com um muro.
Nada mais de “cliques”, nada de “uau” interiores, nenhuma prova de que eu estava avançando.
E isso me deixou muito frustrada.
Então decidi seguir o caminho oposto.
No fim das contas, voltar pro éter vai acontecer cedo ou tarde, pensei...
Mas hoje, eu estou aqui. Encarnada.
Em carne, osso e sensações.
Aí voltei a comer carne — não por necessidade, mas pra aceitar a dualidade da vida e da morte, em vez de negar.
Dei espaço pros meus desejos carnais.
Voltei a sentir prazer na vida humana, com sua intensidade, seus sabores, suas contradições.
E foi aí que entendi: meu corpo não é um obstáculo pra minha espiritualidade.
Ele é o templo dela.
Ele é o alicerce.
Hoje, eu o escuto.
Respeito a sabedoria dele tanto quanto a da minha mente.
E é nessa união que encontro minha verdadeira evolução.
Estar alinhado consigo mesmo
O que acontece quando a gente começa de verdade a viver em coerência consigo mesmo?
Quando nossos pensamentos, nossas ações, nossas escolhas, nossa energia... estão em sintonia com quem a gente realmente é lá no fundo?
Acontece algo mágico.
O Universo se abre.
Ele volta a circular dentro da gente.
Tudo fica mais leve.
Mais simples.
Os acontecimentos parecem vir “por acaso”, mas no fundo a gente sabe que não é acaso.
São sincronicidades.
Piscadelas da Vida.
Empurrõezinhos do céu dizendo: “Sim, é por aqui. Você está no seu caminho.”
É como se um rio tivesse sido desobstruído dentro de nós.
Um fluxo de energia suave e constante, que corre naturalmente.
Sem mais resistências.
Sem aquele esforço forçado pra tentar fazer tudo “do jeito certo”.
As coisas se encaixam.
As pessoas certas aparecem.
As boas oportunidades também.
E tudo isso... sem forçar nada.
Só porque finalmente estamos alinhados com nossa vibração interior.
Com o que nossa alma realmente quer viver.
E é aí que a vida fica bonita, leve, cheia de sentido.
Sem drama, sem luta, sem pressão.
Apenas... viva.
E verdadeira.
Tornar-se incontrolável
Quando você reencontra sua verdadeira energia, aquela que vibra dentro de você desde sempre, mas que tinha sido enterrada sob deveres, máscaras e feridas, então nada nem ninguém pode mais te controlar.
Nem os olhares.
Nem as expectativas.
Nem as opiniões.
Nem mesmo seus próprios medos.
Porque você já passou por eles.
Mergulhou no fundo, olhou seus padrões, entendeu suas emoções, desenterrou seus traumas escondidos nos cantos escuros do seu ventre.
Você enxergou os mecanismos humanos: as manipulações disfarçadas de gentileza, os jogos de poder escondidos atrás de sorrisos educados, as seduções cheias de carência.
E de repente, o véu se levanta.
Tudo fica claro.
Os papéis, as máscaras, os sistemas.
Você não sofre mais com eles: você vê.
E quando a gente vê, não dá mais pra ser enganado.
Você se torna inalcançável.
Não duro, mas livre.
Não frio, mas dono do seu fogo interior.
Não arrogante, mas firme numa paz que nada pode abalar.
E continua sorrindo.
Não aquele sorriso pra agradar.
Mas um sorriso tranquilo, luminoso, o de quem não precisa mais convencer ninguém.
Porque voltou pra casa.
E é aí que você se torna incontrolável.
Não incontrolável como uma ameaça.
Incontrolável como o sol.
Ele brilha, está ali, e ninguém pode apagar.
MANTRAS
A atitude mais saudável pra ter
em qualquer situação que apareça na sua vida:
E daí?
(So what?)
Hum... por que não?
(Why not…)
Ok, interessante...
Dicas e truques
100% vividos na prática:

Simples: porque esses países são ao mesmo tempo “pobres” e profundamente espirituais.
E a vida lá é simples.
Eu gosto de lugares onde as pessoas oram mais do que consomem, onde a simplicidade substitui a arrogância e onde o calor humano não depende do Wi-Fi.
➤ Algumas pérolas que fui colhendo ao longo dos anos
País budista (com exceção do sul, que é mais muçulmano... mas tranquilo, paz e amor).
Aqui, o povo ama três coisas: os Bahts (a moeda local), a família e sorrir.
E pra nós, estrangeiros, é o paraíso da logística: cinquenta anos de experiência com turismo, tudo é fácil, leve, sem estresse. 7-Eleven em cada esquina, massagem, smoothie de coco e pôr do sol... tudo isso numa única tarde.
Um país majoritariamente muçulmano, muito verde e cheio de vida.
Se você gosta de selva batendo nas pernas e macacos roubando sua banana, vá pra Bornéu, no lado malaio.
É bruto, selvagem, mágico. (E às vezes, muito, mas muito úmido.)
Também um país muçulmano, mas aqui, assim que você sai de Bali e vai pro leste, o clima muda... fica zen.
O povo é doce, acolhedor, genuinamente gentil.
Um sorriso já vira uma conversa, uma água de coco vira amizade.
E a Indonésia é isso: vulcões, templos, scooters e um monte de “Hello Mister!” o dia inteiro.
Cansativo? Não. Revigorante.
Aqui estamos entre cristãos super devotos.
Os vilarejos pequenos transmitem a Bíblia o dia inteiro pelos alto-falantes, como se Jesus tivesse um programa matinal de rádio.
E apesar das igrejas barulhentas, reina uma paz impressionante.
Nada de roubos, muito respeito e uma gentileza rara.
Família, comunidade, fé... tudo isso é sagrado.
Você sente que as pessoas ainda têm uma coluna moral firme. E isso faz um bem danado.
Sem estresse.
Aqui ainda dá pra viver com pouco.
Um bangalô na praia pelo preço de um aperitivo em Paris.
Frutas frescas, uma rede, o canto dos lagartos... e uma paz interior que finalmente começa a se instalar.
(sem e-visa antecipado, sem complicação e sem custo)
- Tailândia: 2 meses, renováveis por mais 1 mês.
Depois é só enviar o passaporte pra Mianmar (via agência de viagens) e no dia seguinte ele volta com mais 2 meses. - Malásia: 3 meses.
Depois é só sair do país e entrar de novo pra ganhar mais 3 meses. - Indonésia: 2 meses, renováveis por mais 1 mês, e depois mais 2 meses. Total: 4 meses.
- Filipinas: 1 mês renovável, com possibilidade de extensão por vários meses.
- Laos: 30 dias, com extensão de até 2 meses.
- Camboja: 30 dias, com extensão de mais 30 dias.
- Vietnã: 45 dias, depois é só sair e entrar novamente.
➤ Trabalhar online ou à distância
Pra quem?
Redatores, desenvolvedores, designers, tradutores, profissionais de marketing, etc.
- Sites: Upwork, Malt, Freelancer, Fiverr
- Vantagens: você escolhe seus clientes, seus preços, seu tempo
- Precisa de: um bom portfólio, constância e autodisciplina
Exemplos: criação de sites, edição de fotos, redação SEO, edição de vídeo, anúncios no Facebook...
Pra quem?
Pra quem quer compartilhar um conhecimento, uma mensagem ou uma paixão.
- Plataformas: YouTube, TikTok, cursos no Teachable, Gumroad, Udemy
- Modelo: monetização por anúncios, cursos, doações ou produtos digitais
- Vantagens: escalável, criativo e profundamente alinhado se for bem direcionado
Exemplos: meditação, yoga, desenvolvimento pessoal, programação, idiomas, música...
Pra quem?
Especialistas em alguma área que podem orientar outras pessoas (profissionalmente ou pessoalmente)
- Áreas: coaching de vida, saúde, negócios, relacionamentos, espiritualidade...
- Ferramentas: Zoom, Calendly, Google Meet
- Modelo: sessões individuais, pacotes mensais, acompanhamento regular
Dica: uma boa presença online (site + depoimentos) aumenta muito a credibilidade.
Pra quem?
Pra quem gosta de criar, vender e automatizar.
- Produtos digitais: eBooks, templates, meditações em áudio, guias em PDF...
- Produtos físicos: via dropshipping, print-on-demand (camisetas, livros, joias...)
- Plataformas: Etsy, Shopify, Amazon KDP, RedBubble...
Vantagem: é possível automatizar as vendas e gerar renda passiva.
Pra quem?
Pra quem quer viver leve, viajar e ganhar o suficiente pra continuar o caminho.
- Atividades: assistente virtual, gestão de redes sociais, moderação de fóruns, digitação de dados
- Não exige muitas qualificações no começo, mas sim responsabilidade
- Pode ser combinado com trabalhos online ou locais (woofing, retiros, etc.)
Exemplo clássico: viver em Bali ou Chiang Mai com 800€/mês, trabalhando 10 a 15 horas por semana.
➤ Aprender algo novo para o seu futuro
Essa aqui é uma bomba atômica pro seu cérebro:
👉 OpenClassrooms (www.openclassrooms.com)
Um site cheio de cursos gratuitos, claros, bem feitos... e o melhor: acessíveis pra todo mundo.
Programação, design, redes sociais, marketing digital, desenvolvimento web, escritório, gestão de projetos... enfim, se você quer aprender algo útil e prático, é lá que acontece.
Você pode literalmente sair de “não entendo nada disso” pra “refiz meu site e lancei meu negócio online” em poucas semanas.
Chega de desculpas.
Quer aprender, crescer, se reinventar?
Tá tudo aí.
De graça.
Então vai!
Sem desculpas...
Se capacite.
E estoure seus próprios limites.
➤ Tornar-se independente
Sim, elas são necessárias.
Regras.
Referências.
Um certo quadro.
Mesmo que flexível.
Porque senão... vixe.
É muito fácil se perder.
Três dias enrolando.
Uma visita inesperada de amigos.
Uma semana off por causa das luas (ou de um excesso emocional, hormonal ou existencial).
E pronto! A gente desencaixa. Perde o ritmo.
O projeto que tava indo bem? Fica parado.
A motivação? Sai pra dar um rolê.
E você? Se pega lá, rolando o feed sem sentido ou arrumando as meias por cor pra “entrar no clima de novo”.
Quando se é livre, realmente livre — sem chefe, sem horário fixo, sem despertador às 6h30 — só tem uma coisa que te faz seguir em frente: você mesmo.
E acredita em mim: depois de 20 anos vivendo como nômade pelo mundo, aprendi que essas duas regras simples te mantêm no caminho sem se perder.
Nos seus projetos.
Não precisa escalar o Everest toda manhã.
Basta um pequeno passo. Uma ação. Uma linha. Um e-mail. Um gesto.
Alguns dias, você vai dar saltos de 1 metro.
Em outros, vai ser só um pensamento anotado no caderno.
Mas todo dia, a gente alimenta a chama.
Senão, ela apaga.
Aos pouquinhos.
E a gente nem percebe.
Não precisa virar um iogue acrobático ou um maratonista.
Mas apenas se mover.
Andar. Nadar. Pular. Dançar. Carregar coisas. Respirar fundo.
Porque quando você mexe o corpo, a mente se acalma.
Os pensamentos se organizam.
As prioridades voltam pro lugar certo.
E você reencontra aquela sensação mágica: "Tô vivo."
Essas duas regras parecem simples.
Mas são poderosas.
São sua bússola quando tudo o resto fica meio nebuloso.
Porque começar uma aventura — profissional, pessoal, espiritual ou selvagem — qualquer um pode fazer.
Mas manter a rota, continuar firme, alinhado, com coerência e persistência a longo prazo?!?
É aí que o verdadeiro jogo começa.
E essas duas regrinhas, acredita, podem mudar tudo.
➤ Se expatriar... ou simplesmente apertar Pausa
Tirar um ano sabático?
Mudar de ares?
Fazer um reset de verdade?
Eu digo: vai fundo!
Sem medo.
E se você me perguntar quanto custa viver no Sudeste Asiático, aqui vai minha resposta — testada, aprovada e vivida:
- Tailândia: Cerca de 1.500€ por mês, tudo incluso.
Bangalô de frente pro mar? Check.
Comida local por 4-5€? Check.
Scooter por 5€/dia pra buscar sua papaia madura? Check.
Tudo isso com pores do sol que curam os neurônios. - Malásia ou Indonésia: Mesmo esquema. Mesmo preço.
Mesma leveza de viver.
Com bônus: mais selva, ou mais vulcões — e outro mar pra você escolher o cenário. - Filipinas: Ainda mais barato!
Às vezes quase pela metade.
E você tem o mar turquesa, crianças brincando por todo lado e sorrisos como moeda local.
Não precisa de cripto aqui: um olhar sincero já vale muito.
Acredita em mim: em apenas um ano sabático por lá, você muda.
Não só o tom da sua pele ou o nível de vitamina D.
Você muda por dentro.
Você volta a ser você mesmo.
Livre. Feliz. Vivo.
E nesse novo espaço interior, grandes coisas podem nascer.
Ideias, clarezas, decisões que estavam encostadas há 10 anos num canto da sua cabeça.
Um ano pra mudar de vida?
Às vezes, tudo o que precisa é de uma passagem de avião e um pouco de coragem.
O resto... acontece sozinho.
➤ O caminho de Santiago de Compostela
Ahhh, esse é pra valer!
Se você quer realmente se reencontrar, calce o tênis, arrume a mochila e bora pra estrada.
Caminhar por semanas entre paisagens incríveis, cercado de pessoas que, como você, carregam não só a mochila nas costas, mas também a bagagem invisível de dores, traumas e dilemas existenciais... isso é o Caminho.
Com o passar dos dias, você vai largando pequenos pesos que nem sabia que carregava. Como se cada quilômetro fosse comendo um velho padrão, um medo, um pedacinho de passado que já não serve pra nada.
A gente começa pensando: “Ah, vai ser uma caminhada esportivo-espiritual, boa pros músculos e pra alma.”
Mas na real... é muito mais do que isso.
Primeiro, esse caminho é tratado como um tesouro pelos espanhóis.
Lá, cada peregrino é sagrado, não importa sua idade, aparência ou nacionalidade (pessoalmente, encontrei 24 nacionalidades diferentes em 6 semanas).
Resultado: uma segurança e um respeito incríveis.
Vi muitas mulheres jovens caminhando sozinhas, às vezes acampando por falta de grana... Nenhuma teve problema algum.
O Caminho é protegido. Quase abençoado.
E a cada dia, você deixa algo pra trás.
Seu passado, suas raivas, suas frustrações, suas emoções pesadas.
Vai ficando mais leve — por fora e por dentro.
É um retiro em movimento, um processo de desapego onde você percebe que não precisa de tanto quanto imaginava.
E a chegada a Compostela... uau.
Todo mundo explode de alegria, de lágrimas, de risos.
É pura vibração.
Porque no fundo, cada um chegou a um ponto dentro de si mesmo: uma versão mais simples, mais clara, mais leve.
O Caminho não é só uma trilha.
É uma viagem interior, poderosa e libertadora.
Uma experiência pra viver pelo menos uma vez na vida... ou mais.
Eu fiz. E gravei várias partes no meu canal do YouTube.
Se isso tocar em você, aqui está o link:
👉 Caminho de Compostela, El Camino del Norte, 2023 — 45 dias e 900 km no País Basco.
https://www.youtube.com/watch?v=2c1e_8TLZU4 (1º vídeo, de 7)

Uma pequena aventura meio esportiva, meio espiritual.
Antes de partir, passei na Decathlon: mini kit de camping, fogareiro, rede... o kit completo do peregrino perfeito.
Porque eu tinha medo de não achar onde dormir.
Comprei até meias especiais pra caminhada.
Porque eu tinha medo de sentir dor nos pés.
Minha mochila pesava 16 kg.
Porque eu tinha medo de faltar alguma coisa.
No primeiro dia, ainda levei 1,5 litro extra de água — ou seja, mais 1,5 kg nas costas — porque eu tinha medo de sentir sede.
Deu pra entender a moral, né?
O peregrino parte carregando o peso de todos os seus medos.
Ele leva nas costas o fardo invisível: seus receios, crenças e hábitos.
Mesmo que a gente se ache forte e confiante, o mental não quer saber.
Os medos mais básicos voltam, e alguns peregrinos andam realmente curvados, esmagados pelo peso da própria vida.
No primeiro dia, deixei 3 ou 4 quilos de equipamento novinho na beira da estrada.
Provavelmente quem passou ali com o cachorro deve ter pirado ao ver um fogareiro e uma rede novinhos largados.
Mas meus ombros gritavam: eu era louco de carregar tanto peso.
Os dias seguintes foram uma batalha entre meus medos e a realidade.
E a realidade era simples: eu não precisava de quase nada.
Dia após dia, deixei pra trás uma camiseta, uma calça jeans, um par de chinelos, um cabo... nos albergues onde dormia.
No fim, terminei o Caminho com 8 kg nas costas... sem ter sentido falta de nada.
👉 Tem que fazer, pelo menos uma vez.
➤ Mantenha sempre o mais simples possível
Para construir seu negócio da forma mais simples possível, você não deve ter medo do sistema.
Correr para a Receita Federal do seu estado para avisar que está começando a ganhar dinheiro não é uma boa ideia.
E, de qualquer forma, eles provavelmente dirão para você ir com calma; eles sabem que, no começo, é preciso dar tempo ao empreendedor iniciante para moldar seu negócio. É o caso da Suíça, que é sempre gentil e prestativa.
Mas em outros países... mamma mia, todo frango novo é bom para depenar!
E então, como vimos acima, seu dinheiro nem sempre vai para onde deveria, então... apressar-se em anunciar que está recebendo dinheiro, não é um pouco estúpido?
Não se preocupe, desde que seus valores sejam pequenos, nenhum alarme soará nos sistemas de computador dos bancos. Porque tudo é controlado por computadores agora.
Então, aqui vai uma regra simples para evitar ser notado:
- Sempre transfira pequenas quantias para sua conta bancária.
Grandes quantias levantam alertas nos sistemas de computador, e seu gerente fará perguntas.
Portanto, não transfira € 10.000, ou você terá que responder perguntas.
Em vez disso, envie várias transferências de € 2.500 ou € 1.500; Será processado facilmente. - Ao usar a Wise, o Paypal ou essas plataformas de pagamento, muitas vezes é fácil evitar declarar qualquer coisa, pois às vezes escapa às regulamentações e auditorias governamentais. Torna-se difícil para eles verificarem.
Não se preocupe, ninguém se importa com pequenas quantias; você só precisa evitar levantar suspeitas.
Para grandes quantias, pessoas inteligentes recorrerão a empresas offshore, como as de Maurício ou Seychelles, que são facilmente estabelecidas remotamente da Europa.